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quinta-feira, fevereiro 02, 2006

Polícias e ladrões

A forma como os agentes da autoridade abordam os cidadãos diz muito da responsabilidade que têm nos muitos incidentes que acontecem. Ainda hoje, às portas de um bairro problemático de Lisboa, observei uma abordagem policial a um automóvel feita com o maior amadorismo e displicência.
Os norte-americanos há muito que aprenderam. Quando um condutor pára por ordem da polícia em circunstâncias que levantem suspeitas, os agentes saem de imediato do carro, muitas vezes de pistola em punho, e o cidadão tem de ficar no carro, imobilizado e com as mãos no volante. Tudo o que faz a partir desse momento é por ordem do agente que o aborda. Ponto final.
Há aqui alguma violação de direitos, liberdades ou garantias? Quando muito poderá haver excesso de zelo, e alguma aparato muitas vezes injustificado, mas isso raramente mata.
É certo que faltam meios, condições dignas, apoio político, autoridade e remunerações decentes para os agentes policiais que diariamente zelam pela nossa segurança, correndo risco de vida. Por isso mesmo é escusado ajudar o mundo do crime com atitudes displicentes e negligentes. É urgente mudar os procedimentos e a mentalidade das nossas polícias, em primeiro lugar para segurança dos próprios agentes, e em consequência os cidadãos. Mesmo que isso implique uma solução à norte-americana. Porque não?

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